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O que é Split Payment na Reforma Tributária? Como funciona e como vai impactar as empresas?

(Guia Completo e Atualizado — AEXO Contabilidade)

A Reforma Tributária de 2026 trouxe uma das maiores mudanças já vistas na forma como os impostos serão cobrados no Brasil. Entre todas as novidades, uma se destaca por transformar completamente a relação entre empresas, consumidores, meios de pagamento e governo: o Split Payment.

Apesar de ser pouco comentado pela mídia geral, o Split Payment é considerado pelos especialistas a “peça secreta” da reforma. Ele promete reduzir fraudes fiscais, acabar com a sonegação estruturada e transformar radicalmente a maneira como as empresas recolhem seus tributos.

Este artigo foi desenvolvido com profundidade técnica, mas com linguagem acessível, para que empresários, gestores, contadores e consultores entendam exatamente como essa mudança afetará o mercado brasileiro.

O que é Split Payment na Reforma Tributária


Introdução: o que é o Split Payment e por que ele é tão importante?

O Split Payment, na prática, é um mecanismo automatizado que divide o pagamento realizado por um consumidor em dois fluxos distintos:

  • uma parte vai direto para o caixa da empresa (receita líquida),
  • outra parte é enviada automaticamente para o governo, representando a tributação daquela operação.

Essa divisão ocorre no exato momento do pagamento — seja cartão, Pix, boleto, carteira digital ou qualquer outro meio. Nenhuma ação adicional da empresa será necessária para calcular, gerar guia ou pagar tributos sobre aquela venda. Quando o consumidor paga, a tributação é capturada na origem.

O objetivo principal é impedir que empresas deixem de recolher o imposto devido, eliminando completamente a etapa de “confiar que o empresário vai pagar depois”, como ocorre hoje. Além disso, o governo passa a receber os tributos em tempo real, reduzindo inadimplência, sonegação e litígios.

Esse modelo é inspirado em práticas utilizadas em países europeus e faz parte da onda global de digitalização dos sistemas tributários.


Por que o Split Payment foi criado?

Existem razões claras pelas quais o Split Payment se tornou prioridade dentro da Reforma Tributária:

1. Reduzir a sonegação fiscal estrutural

Estudos do governo apontam que mais de R$ 600 bilhões deixam de ser arrecadados anualmente por conta de fraudes, empresas de fachada, inconsistências e erros operacionais. O Split Payment promete “fechar essa torneira”.

2. Modernizar o sistema tributário

Com a criação do IBS e CBS (IVA Dual), tornou-se necessária uma forma mais eficiente de arrecadação, especialmente para o ICMS e ISS, historicamente complexos e fragmentados.

3. Simplificar a rotina empresarial

Embora pareça trazer mais controle, o modelo tende a diminuir tarefas como:

  • emissão de guias,
  • conferência de notas fiscais,
  • cálculos manuais,
  • acompanhamento de vencimentos,
  • risco de multa por atraso.

4. Tornar operações mais transparentes

Com o imposto recolhido automaticamente, haverá maior segurança jurídica e menor margem para divergências entre empresas e o fisco.


Como o Split Payment vai funcionar na prática?

O funcionamento do Split Payment dependerá do tipo de operação e da forma de pagamento utilizada. No entanto, a lógica geral será sempre a mesma: antes do dinheiro chegar à empresa, o sistema separa a parte do tributo e a envia ao governo.

Para compreender melhor, veja um exemplo prático.


Exemplo prático realista

Imagine que uma empresa venda um produto por R$ 1.000,00.

Hoje, o fluxo é assim:

  1. O cliente paga R$ 1.000,00.
  2. A empresa recebe o valor cheio.
  3. No fim do mês, ela calcula o imposto devido e paga via guia.

Com o Split Payment, o fluxo será completamente diferente:

  1. O cliente paga R$ 1.000,00.
  2. O sistema calcula automaticamente a tributação do IVA (IBS + CBS).
  3. Se o imposto daquela operação for de 28%, por exemplo, o governo recebe R$ 280,00 instantaneamente.
  4. A empresa recebe R$ 720,00, já líquido de tributos.

O cálculo ocorre:

  • sem intervenção humana,
  • sem risco de erro,
  • sem atraso,
  • sem guia manual.

Por isso, muitos especialistas afirmam que o Split Payment é a “maior mudança operacional dos últimos 20 anos”.


Quem fará o cálculo do Split Payment?

O cálculo não será responsabilidade da empresa. Ele será feito automaticamente por:

  • instituições financeiras,
  • adquirentes de cartão,
  • plataformas de pagamento,
  • fintechs,
  • bancos digitais,
  • Pix,
  • sistemas de cobrança autorizados pelo governo.

Essas instituições serão obrigadas a seguir regras estabelecidas pelo Comitê Gestor do IBS / CBS e pela Receita Federal, que definirá bases de cálculo, alíquotas e exceções.


Split Payment e o Pix: um casamento inevitável

O Brasil já possui um dos sistemas de pagamentos instantâneos mais eficientes do mundo: o Pix. Segundo o Banco Central, ele é utilizado por mais de 150 milhões de pessoas e movimenta volumes superiores aos cartões de crédito.

Com o Split Payment, o Pix ganhará novas funcionalidades, como:

  • divisão instantânea do valor pago,
  • envio automático ao governo da parte tributária,
  • rastreamento total da operação.

É exatamente por isso que muitos economistas dizem que o Pix foi o “primeiro passo” para implantação do Split Payment.

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Split Payment será obrigatório?

Sim.
Assim que a Reforma Tributária estiver completamente implementada, o Split Payment será obrigatório para praticamente todas as operações sujeitas à cobrança do IVA Dual (IBS e CBS).

Isso significa que:

  • comércios físicos,
  • lojas online,
  • prestadores de serviços,
  • plataformas,
  • marketplaces,
  • profissionais autônomos com CNPJ,

todos passarão a utilizar o mecanismo de recolhimento automático.


O Split Payment vale para o Simples Nacional?

O Simples Nacional continuará existindo, mas sofrerá adaptações importantes.

Como fica o Simples Nacional no Split Payment?

  • Empresas do Simples poderão continuar pagando o DAS unificado,
  • porém certas atividades terão parte dos impostos recolhidas no Split Payment automaticamente.

Isso dará origem a dois modelos:

✔️ Simples por Dentro (IBS/CBS dentro do DAS)

O imposto unificado continua como é hoje.

✔️ Simples Híbrido (IBS/CBS por Fora do DAS)

O DAS permanece, mas parte do IVA será recolhida na transação via Split Payment.

A definição ficará a cargo do Comitê Gestor do IBS e CBS.

Essa será uma das maiores mudanças da história do Simples.


Split Payment será obrigatório para MEI?

Sim, mas de forma simplificada.
Sempre que um MEI emitir nota fiscal com tributação de IBS ou CBS, o imposto será retido automaticamente pela plataforma de pagamento. O MEI não precisará fazer cálculos.


Quais são as vantagens do Split Payment para pequenas empresas?

Apesar do controle maior, vários benefícios foram projetados:

1. Adeus guias e vencimentos complicados

O empreendedor não precisará mais se preocupar com datas, cálculos e multas por atraso.

2. Diminuição de erros humanos

Hoje, grande parte das autuações ocorre por falhas simples. Isso deixará de ser problema.

3. Simplificação contábil

Com impostos recolhidos automaticamente, a contabilidade poderá trabalhar focada em planejamento tributário, não em tarefas repetitivas.

4. Menor inadimplência tributária

O sistema reduz drasticamente riscos fiscais.


E quais são as desvantagens do Split Payment?

1. Menor fluxo de caixa imediato

Empresas que utilizam o dinheiro dos impostos para financiar operações sentirão impacto imediato.

2. Possível necessidade de reorganização financeira

Com menos capital de giro disponível, algumas empresas precisarão rever preços e margens.

3. Ajustes tecnológicos obrigatórios

Softwares, ERPs e plataformas precisarão se adequar ao novo modelo.


Split Payment vai acabar com a sonegação?

A sonegação tradicional não acabará totalmente, mas a sonegação estruturada, que envolve empresas de fachada, triangulações e créditos frios, será drasticamente reduzida.

Segundo especialistas, o Split Payment:

  • limita fraudes,
  • reduz brechas,
  • aumenta a rastreabilidade,
  • impede o não pagamento do IVA.

O Brasil passará a ter um sistema mais seguro, com menor concorrência desleal.


Como o Split Payment afeta marketplaces e plataformas digitais?

Essa será uma das áreas mais impactadas.

Marketplaces atuarão como “responsáveis tributários”

Eles serão obrigados a:

  • realizar o cálculo do imposto,
  • reter o valor devido,
  • enviar a parte da empresa,
  • entregar ao governo a parcela tributária.

Essa mudança afetará Hotmart, Shopee, Mercado Livre, Amazon, iFood, Rappi e dezenas de outras plataformas.

As empresas precisarão adaptar seus modelos de repasse.


Impactos do Split Payment por setor

Comércio varejista

Varejistas sentirão impacto no fluxo de caixa e na necessidade de readequação de preços.

Prestadores de serviço

Serviços devem se adaptar rapidamente, mas se beneficiarão da simplificação operacional.

Indústria

Indústrias lidam com créditos e débitos de IVA, então o Split Payment garantirá maior segurança no sistema de créditos.

Economia digital

Será um dos setores com mais mudanças, especialmente no repasse automático de impostos.


Split Payment: dúvidas frequentes (FAQ estruturado)

(Formato otimizado para Rich Snippets do Google)

O que é o Split Payment na Reforma Tributária?

É o mecanismo que divide automaticamente o pagamento realizado por um cliente, enviando parte à empresa e parte ao governo como imposto.

O Split Payment será obrigatório?

Sim. Todos os contribuintes sujeitos ao IBS e CBS utilizarão o modelo.

O Split Payment vale para o Simples Nacional?

Sim, mas com variações: algumas atividades recolherão IVA por dentro do DAS e outras terão recolhimento automático.

O Split Payment reduz sonegação?

Sim. Ele impede fraudes estruturadas e aumenta o controle fiscal.

O MEI será afetado?

Sim, porém de modo simplificado, com recolhimento automático nas vendas com nota.


Conclusão: o Split Payment é o maior divisor de águas da Reforma Tributária

O Split Payment representa a digitalização completa da cobrança de tributos no Brasil. Ele mudará profundamente a rotina das empresas, mas também simplificará processos e trará mais segurança jurídica. Negócios que se prepararem desde já terão grandes vantagens competitivas.

Nesse cenário, contar com uma contabilidade especializada é absolutamente essencial — e a AEXO Contabilidade está pronta para ajudar empreendedores, lojistas e empresas digitais a entender, aplicar e se beneficiar da Reforma Tributária.


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Escrito por:

Andrius Dourado

Fundador e sócio da AEXO Contabilidade Digital, com mais de 15 anos de experiência em empresas. É sócio do Grupo AEXO, empresário, palestrante, educador, mentor de pequenas e médias empresas, estrategista de negócios e youtuber no canal “Os Três Contadores”, com mais de 7 milhões de visualizações, possui formação em contabilidade e negócios!

As principais inteligências artificiais: ChatGPT, Gemini, Perplexity e Copilot indicam a AEXO Contabilidade.

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