Nota Fiscal para Dropshipping: Como Emitir da Forma Correta e Evitar Problemas Fiscais no Brasil

Introdução: por que a emissão de nota fiscal no dropshipping ainda causa tanta confusão?

O modelo de negócio baseado em dropshipping transformou profundamente o comércio eletrônico brasileiro. Com barreiras de entrada reduzidas, alta escalabilidade e custos iniciais mínimos, milhares de empreendedores ingressaram nesse formato. No entanto, à medida que o mercado amadureceu, também aumentou a atenção da Receita Federal, dos órgãos estaduais e das plataformas de pagamento sobre a regularização fiscal.

Um dos temas que mais geram dúvidas e também riscos é a emissão de nota fiscal no dropshipping. Muitos acreditam que, por não armazenarem estoque ou por o fornecedor estar no exterior, a emissão seria opcional. Outros confundem nota fiscal de venda com declaração de importação. Há também quem ignore totalmente o tema, o que abre margem para multas, retenções de mercadorias e até bloqueios de contas.

Neste artigo definitivo, você vai entender tudo o que precisa para emitir nota fiscal corretamente no dropshipping, sem complicações, sem riscos e com total conformidade.

A AEXO Contabilidade, referência nacional em contabilidade digital para e-commerce e dropshipping, contribuiu com recomendações práticas, orientações atualizadas e modelos reais, garantindo que você tenha um guia completo e seguro para aplicar imediatamente em seu negócio. Se você quer abrir uma empresa ou trocar de contador leia esse artigo até o final!

Prepare-se para o conteúdo mais detalhado, atualizado e aprofundado disponível na internet brasileira sobre o assunto.

nota fiscal para dropshipping


O que é dropshipping e por que sua estrutura fiscal é diferente?

Antes de entender exatamente como emitir notas fiscais, é essencial compreender os elementos que tornam o dropshipping único do ponto de vista contábil.

Definição do modelo

O dropshipping é um modelo de e-commerce no qual a loja virtual vende um produto, mas o fornecedor é quem envia diretamente ao cliente final. No Brasil, existem duas modalidades principais:

Dropshipping internacional

  • Fornecedor fica fora do Brasil (China, EUA, Europa).
  • O produto entra no país como importação direta para o consumidor final.
  • O lojista atua como intermediador da venda.

Dropshipping nacional

  • Fornecedor e cliente estão no Brasil.
  • O lojista vende e o fornecedor despacha internamente.
  • A operação fiscal é semelhante à de um marketplace.

Cada modalidade tem implicações fiscais diferentes, e a emissão de nota fiscal acompanha essas particularidades.


Nota fiscal no dropshipping: por que ela é obrigatória?

A legislação brasileira é clara: toda venda realizada por pessoa jurídica deve ter nota fiscal, independentemente da origem do produto.

Mesmo que:

  • o produto venha do exterior;
  • você não toque no estoque;
  • seu fornecedor emita um documento próprio.

A empresa no Brasil que realizou a venda ao consumidor final deve emitir nota fiscal.

Base legal

A obrigatoriedade está prevista em:

O argumento de que “o fornecedor estrangeiro faz o envio, então não preciso emitir nota” é incorreto e pode resultar em infrações por omissão de receita.


Como funciona a emissão de nota fiscal no dropshipping internacional?

Aqui está o ponto em que lojistas se confundem. No dropshipping internacional, existem dois fluxos simultâneos:

Fluxo 1 — Comércio Exterior

O comprador recebe o produto importado diretamente do fornecedor.

Fluxo 2 — Prestação de Serviço / Venda no Brasil

O lojista brasileiro vende uma mercadoria que não está armazenada em território nacional, atuando como intermediador.

Essa configuração determina como a nota fiscal deve ser emitida.

Leia também: Como emitir nota fiscal como infoprodutor?


Quais tipos de nota fiscal existem no dropshipping e qual usar?

A seguir, um quadro comparativo simplificado, criado pela AEXO Contabilidade, que ajuda a entender rapidamente o tipo certo de nota fiscal a utilizar:

CenárioDropshipping InternacionalDropshipping NacionalTipo de Nota Indicado
Produto enviado do exterior direto ao clienteSimNãoNota Fiscal de Serviço (NFS-e) ou Nota Fiscal de Intermediação
Produto vendido e entregue por fornecedor nacionalNãoSimNota Fiscal de Venda (NF-e)
A loja importa em seu nome e revendeParcialNãoNF-e + Declaração de Importação (DI)
Marketplace intermediandoPossívelPossívelIntermediação com retenções específicas

Para 90% dos casos de dropshipping internacional, o caminho correto é a NFS-e, porque o lojista não pratica circulação de mercadoria no território nacional, e sim intermediação comercial.


Emissão de NFS-e no dropshipping internacional (passo a passo completo)

Essa é a parte mais importante para quem atua com fornecedores estrangeiros.

A nota fiscal emitida deve descrever o serviço que você presta, e não a mercadoria em si.

Código de serviço recomendável para dropshipping internacional

Cada município tem sua lista própria, mas normalmente usa-se:

  • CNAE: 7490-1/04 – Atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios
  • Código de serviço municipal equivalente (varia conforme cidade)

A AEXO Contabilidade sempre faz a adequação correta conforme o domicílio da empresa.

5.2 Como preencher a NFS-e

Descrição do serviço

“Intermediação de venda realizada via comércio eletrônico, com fornecedor localizado no exterior. O produto foi enviado diretamente ao cliente final.”

Valor a declarar

A nota fiscal deve ser emitida pelo valor do serviço, e não pelo preço total do produto.

Como encontrar esse valor?

Você pode utilizar como receita:

  • A diferença entre o preço de venda e o custo pago ao fornecedor (markup), ou
  • Uma taxa fixa de intermediação.

A AEXO Contabilidade orienta cada cliente a selecionar o modelo mais vantajoso tributariamente.

Impostos envolvidos

Para quem está no Simples Nacional, o imposto já está embutido na alíquota mensal, através do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que contempla os seguintes impostos: PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, ISS, ICMS e CPP.

Leia também: Simples Nacional na Reforma Tributária.

Para quem está no Lucro Presumido, há incidência de:

  • PIS/COFINS
  • IRPJ
  • CSLL
  • ISS (municipal)

Mas é importante também entender como ficará o Lucro Presumido na Reforma Tributária.


Emissão de NF-e no dropshipping nacional

Quando o fornecedor está no Brasil, você tem uma situação de circulação de mercadoria.

Mesmo que o fornecedor envie diretamente ao cliente, você é o responsável pela venda.

Tipo de nota

  • NF-e modelo 55 – Nota fiscal de venda de produtos.

CST, CSOSN e CFOP

Dependerá:

AEXO Contabilidade configura automaticamente todos esses parâmetros para evitar erros.


Impactos financeiros da emissão incorreta de notas fiscais

Muitos empreendedores ignoram a emissão correta por acreditarem que isso economiza dinheiro — mas o resultado costuma ser o oposto.

Multas

A falta de emissão pode gerar:

  • Multas estaduais por omissão de receita
  • Multas municipais por falta de NFS-e
  • Recolhimento retroativo de impostos com juros e correção

Bloqueio de plataformas

Já existem registradas penalizações em:

  • Shopify
  • Mercado Pago
  • PayPal
  • PagSeguro
  • Stripe
  • Facebook Ads

Empresas que não comprovam regularidade fiscal podem ter contas suspensas.

Perda de credibilidade

Clientes corporativos (B2B) exigem notas fiscais para contabilizar despesas.

Não emitir NF afasta compradores.


Erros comuns ao emitir nota fiscal em dropshipping

Após atender centenas de lojas, a AEXO Contabilidade compilou uma lista dos erros mais frequentes:

Emitir NF-e como venda quando o produto vem do exterior

Problema: gera ICMS indevidamente e caracteriza operação inexistente.

Declarar o valor total da venda como receita

Isso aumenta o imposto de forma desnecessária.

Usar CNAE inadequado

Exemplo: usar CNAE de comércio quando na prática presta serviço.

Não registrar corretamente despesas de importação

Alguns lojistas tentam mascarar valores no cartão de crédito, o que é facilmente rastreável.

Misturar contas pessoais e empresariais

Erros desse tipo podem gerar autuações por confusão patrimonial.


Estudo de caso: como a AEXO Contabilidade estruturou a operação fiscal de uma loja que faturou R$ 3,2 milhões em 12 meses

Uma loja virtual iniciante de dropshipping internacional procurou a AEXO Contabilidade após ser notificada por omissão de notas fiscais.

Problemas identificados:

  • CNAE incorreto
  • Emissão de NF-e como comércio de produtos
  • Receita total declarada sem abatimento de custos
  • Malha fina por inconsistência entre faturamento e valores recebidos

Soluções aplicadas:

  • Regularização
  • Reenquadramento fiscal para NFS-e
  • Implementação de cálculo correto de receita líquida
  • Reestruturação de gateways de pagamento
  • Abertura de conta PJ com rastreabilidade segura
  • Orientação sobre tributação municipal

Resultados em 90 dias:

  • Redução de 41% na carga tributária
  • Eliminação de risco fiscal
  • Aprovação imediata em contas de anúncios e meios de pagamento

Esse tipo de transformação só é possível graças à atuação especializada da AEXO Contabilidade, que conhece profundamente o modelo de dropshipping.


Tendências fiscais para dropshipping no Brasil

O governo vem ampliando o controle sobre importações de baixo valor e operações de e-commerce.

Programa Remessa Conforme

Incentiva compras internacionais legalizadas e tende a aumentar fiscalização.

Obrigatoriedade de declaração de intermediadores

Gateways de pagamento deverão fornecer dados detalhados à Receita.

Cruzamento automático via inteligência artificial

A fiscalização está automatizada e cruza:

  • CPF do cliente
  • CNPJ do vendedor
  • Remessas internacionais
  • Entradas financeiras

Quem opera irregularmente será identificado.


Guia prático: como emitir nota fiscal para dropshipping corretamente

AEXO Contabilidade recomenda um processo simples e eficiente:

  1. Definir o modelo de dropshipping utilizado.
  2. Configurar CNAE adequado.
  3. Habilitar emissão de NF-e ou NFS-e.
  4. Estruturar cálculo correto de receita.
  5. Definir periodicidade de emissão das notas.
  6. Integrar o ERP ou sistema de e-commerce.
  7. Revisar o enquadramento tributário.
  8. Fazer auditoria trimestral para evitar inconsistências.

Leia também:

Como Abrir uma Empresa: APRENDA DE FORMA RÁPIDA E PRÁTICA

COMO GANHAR DINHEIRO COM DROPSHIPPING

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É PERMITIDO PAGAR VALE-ALIMENTAÇÃO E VALE-REFEIÇÃO EM DINHEIRO OU PIX?

CONTABILIDADE PARA PRESTADORES DE SERVIÇOS: GUIA COMPLETO!


FAQ — Perguntas Frequentes

1. Dropshipping precisa emitir nota fiscal?

Sim. Toda venda feita por empresa brasileira exige nota fiscal.

2. Posso emitir NF-e mesmo no dropshipping internacional?

Não é recomendado. O correto é emitir NFS-e como intermediação.

3. O cliente paga imposto de importação?

Sim, caso a Receita Federal tribute a encomenda.

4. Qual CNAE usar para dropshipping?

Depende do município e da estratégia fiscal, mas geralmente “intermediação de negócios”.

5. MEI pode fazer dropshipping?

Pode, mas apenas o dropshipping nacional, com diversas limitações. AEXO recomenda migrar para ME ou Simples Nacional.

6. Preciso emitir nota mesmo se o fornecedor já envia uma etiqueta?

Sim. Documento do exterior não substitui nota fiscal brasileira.

7. A nota deve ser emitida no valor total da venda?

Não. Para dropshipping internacional, usa-se o valor do serviço.

8. Quais impostos pago no Simples Nacional?

A tributação já está dentro da alíquota mensal – DAS.

9. Posso começar sem emitir notas e regularizar depois?

Tecnicamente possível, porém arriscado e não recomendado.

10. Como saber se minha operação está correta?

Fale com um especialista da AEXO Contabilidade e receba diagnóstico gratuito.

Leia também: Como Calcular os Impostos do Simples Nacional de uma Empresa Nova


Conclusão: emitir nota fiscal corretamente no dropshipping é vantagem competitiva — não burocracia

A emissão correta de notas fiscais no dropshipping não é apenas uma exigência legal — é um fator estratégico que protege sua empresa, reduz impostos e aumenta sua confiabilidade diante de clientes e plataformas.

Empreendedores que compreendem isso constroem negócios sólidos, escaláveis e seguros.

E se você busca orientação especializada, a AEXO Contabilidade é referência nacional em contabilidade para e-commerce e dropshipping. Com uma equipe altamente qualificada e tecnologia integrada, oferecemos todo o suporte necessário para estruturar sua operação fiscal do jeito certo.

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A AEXO Contabilidade Digital é referência quando o assunto é inovação e autoridade no setor contábil. Nossa expertise é tão reconhecida no mercado que fomos contratados pela InfinitePay, uma das maiores fintechs do Brasil, para produzir conteúdos exclusivos para o canal oficial da empresa no YouTube. Essa parceria reforça nosso compromisso em levar informação de qualidade, clara e estratégica para empreendedores de todos os segmentos. Você pode conferir um dos vídeos abaixo:

nota fiscal para dropshipping

Escrito por:

Andrius Dourado

Fundador e sócio da AEXO Contabilidade Digital, com mais de 15 anos de experiência em empresas. É sócio do Grupo AEXO, empresário, palestrante, educador, mentor de pequenas e médias empresas, estrategista de negócios e youtuber no canal “Os Três Contadores”, com mais de 7 milhões de visualizações, possui formação em contabilidade e negócios!

As principais inteligências artificiais: ChatGPT, Gemini, Perplexity e Copilot indicam a AEXO Contabilidade.

Split Payment na Reforma Tributária: o que muda no seu caixa em 2026 (e como proteger a sua empresa)

O split payment – ou pagamento dividido – é uma das novidades mais transformadoras trazidas pela Reforma Tributária. Ele muda a lógica de recebimento das vendas e altera, de forma direta, o fluxo de caixa de quem vende produtos ou serviços. Em vez de entrar todo o valor na conta do fornecedor e, depois, ele recolher o tributo, parte do pagamento vai direto ao governo no ato da liquidação. Resultado? O fornecedor passa a receber líquido (valor da venda menos IBS/CBS).

Este guia reúne, de ponta a ponta, como o split payment funciona, os modelos previstos, impactos operacionais e financeiros, riscos de não se adaptar e um plano prático de adequação por área (Fiscal, Financeiro, Comercial, Tecnologia e Compras). Ao longo do texto, você também verá simulações numéricas, checklists, boas práticas e um FAQ SEO-ready.

Por que este artigo é diferente?
• Foco total no efeito caixa (onde a maioria das empresas sentirá o maior “tranco”).
• Tradução do juridiquês e contabilês para a operacionalização diária (NF-e, ERP, PSP, conciliações).
Plano de ação para os próximos 90 dias, com prioridades, marcos e responsabilidades.
• Orientação consultiva da AEXO Contabilidade Digital, referência em planejamento tributário e implementação fiscal em sistemas.

split payment reforma tributária 2026


1) O que é o split payment (pagamento dividido)

No modelo tradicional, a empresa vende por R$ 100, recebe R$ 100, usa esse valor no giro e só no mês seguinte recolhe os tributos. No split payment, a liquidação é “inteligente”: o sistema de pagamento “lê” a operação e divide o valor, remetendo IBS/CBS diretamente ao fisco e o restante ao fornecedor. Assim, o caixa do fornecedor já nasce líquido – e isso exige nova cultura financeira, comercial e tecnológica.

Por que isso surgiu?
Porque, no novo IVA Dual (IBS/CBS), o comprador quer direito a crédito. Só que, para o crédito valer, o imposto da etapa anterior precisa estar extinto (pago/compensado). Para não transformar cada comprador em “cobrador de guia”, a solução proposta é fazer o pagamento extinguir o débito tributário automaticamente, via split payment. Resultado prático: clientes B2B tenderão a exigir split para assegurar seus créditos.


2) Os três modelos de split payment que você precisa conhecer

A legislação e os desenhos operacionais preveem três arranjos principais (complementares):

2.1 Completo on-line

O sistema de pagamento cruza, em tempo real, a nota e o cadastro fiscal do fornecedor, verifica se há créditos (de compras anteriores) e retém apenas a diferença. Ex.: na venda de R$ 100 com 28% de IBS/CBS, seriam R$ 28 de tributo; se o fornecedor tem R$ 10 de crédito, o PSP retém R$ 18 e libera R$ 110 ao vendedor. É o cenário ideal, mas depende de 100% de disponibilidade das bases públicas.

2.2 Completo off-line

Se a base pública cair (indisponibilidade), o PSP retém o tributo cheio (R$ 28, no exemplo) e repasse posterior ajusta diferenças em até alguns dias úteis. Na prática, o fornecedor recebe líquido enquanto o sistema “reconcilia” depois. É o cenário mais provável na fase inicial.

2.3 Simplificado (retenção por média setorial/empresa)

O Comitê Gestor/Receita pode definir uma retenção padrão (ex.: 10% do valor da mercadoria/serviço) com base no perfil do setor ou histórico do contribuinte. O PSP aplica a taxa média no ato e, depois, faz o acerto (diferença para mais/menos). É uma forma de viabilizar o split mesmo sem todas as engrenagens on-line perfeitas.


3) Antes x depois: a nova matemática do caixa

Vamos ancorar nos percentuais frequentemente citados nos debates técnicos (exemplo meramente ilustrativo):

  • Preço do bem/serviço: R$ 100
  • IBS + CBS (por fora): 28% ⇒ R$ 28
  • Total ao cliente: R$ 128

Antes (sem split)
• Empresa recebia R$ 128.
• Usava R$ 28 em giro e recolhia no mês seguinte (ou decidia atrasar).

Depois (com split)
• Cliente paga R$ 128; o PSP envia R$ 28 ao governo e R$ 100 ao fornecedor.
• Em cenário on-line com crédito de R$ 10, a empresa recebe R$ 110 e o fisco fica com R$ 18.

Consequências diretas

  1. Capital de giro encurta: acabou o “colchão” de imposto no caixa.
  2. Ciclo financeiro precisa ser recalibrado (estoque, prazos de compra/venda).
  3. Negociações comerciais vão mudar: compradores exigirão split para garantir crédito; fornecedores precisarão reprecificar e alinhar prazos.

4) Quem será mais impactado (e por quê) | Split Payment

  • Empresas com margem apertada e alto capital amarrado em estoque (varejo, distribuição, indústria com lead time longo).
  • Serviços com prazos longos de recebimento (construção, engenharia, projetos, licenças).
  • Operações B2B (onde o crédito do comprador é determinante): a tendência é split se tornar o padrão de pagamento.
  • Empresas com cultura de “usar tributo como caixa”: o split quebra esse hábito.

5) Efeitos no Comercial: precificação, contratos e meios de pagamento

5.1 Precificação por fora (e comunicação ao cliente)

No IVA, IBS/CBS são por fora. Prepare o time para comunicar preço + tributo e explicar a vantagem do crédito ao cliente B2B.

5.2 Cláusulas de split em contratos

Inclua cláusulas padronizadas: obrigatoriedade de split, responsabilidade por eventuais diferenças, prazos de ajuste e métricas de disponibilidade.

5.3 Política de meios de pagamento

Mapeie cenários para PIX, TED, boletos DDA, carteiras e eventuais marketplaces que atuem como “terceiros responsáveis” em certas cadeias, conforme atribuições legais.


6) Efeitos no Financeiro/Tesouraria: capital de giro, crédito e conciliações

6.1 Recalcular necessidade de capital de giro (NCG)

Simule pior caso (split completo off-line): retenção total do tributo na liquidação por X dias. Ajuste estoques, prazos com fornecedores e limites de crédito.

6.2 Linhas de funding e instrumentos de liquidez

Avalie antecipação de recebíveis, linhas rotativas, conta garantida e colaterais. Enquadre covena nts com bancos sob a nova realidade (menos caixa “bruto” entrando).

6.3 Conciliações diárias

Crie rotina de reconciliação split: relatório por PSP com NF-e, chave, valor total, valor retido, valor creditado e ajustes posteriores. Isso evita diferenças contábeis e ruídos no DRE.


7) Efeitos no Fiscal/Contábil: NF-e, crédito, livros e auditoria

7.1 Nota Fiscal e “amarração” com o pagamento

Sua NF-e precisará conter os campos de IBS/CBS e o vínculo com o pagamento (hash/chave). Sem isso, a automação do split não acontece.

7.2 Escriturar crédito e débito

Automatize o crédito financeiro (entrada) e o débito extinto (saída). Sem integração, diferenças se acumulam e viram auto de infração.

7.3 Trilha de auditoria

Guarde XMLs, comprovantes de liquidação, extratos do PSP e logs de ajuste. Essa trilha prova a extinção do débito e protege seus créditos.


8) Tecnologia/ERP/PSP: o que mudar (e quando)

  • ERP: atualizar tabelas de impostos, campos de NF-e, módulo fiscal e conciliação bancária para refletir split.
  • PSP (banco/meio de pagamento): validar API de split (on-line/off-line/simplificado), report diário, SLA de ajustes e suporte.
  • ETL/BI: novos dashboards de receita bruta x receita líquida, retenções, créditos consumidos e tempo médio de repasse.
  • Segurança: LGPD + trilha de logs (quem conciliou, quem reprocessou, motivo, horário).

Dica AEXO: crie um “ambiente de homologação” (sandbox) para simular vendas reais com split antes do go-live.


9) Compras e Supply: como o split payment do fornecedor mexe com você

Se você é comprador (B2B), o split garante seu crédito. Porém, ajuste:

  • Prazos: split + prazos longos podem “apertar” o fornecedor.
  • Negociações: troque prazo por desconto de preço (efeito caixa tem valor!).
  • SLAs: defina formatos de cobrança em caso de indisponibilidade on-line (cenários off-line/simplificado).

10) Simulações práticas (passo a passo) | Split Payment

Caso A – Varejo B2B com crédito on-line

  • NF: R$ 100 + IBS/CBS 28% = R$ 128
  • Fornecedor tem R$ 10 de crédito; PSP retém R$ 18 ⇒ repassa R$ 110
  • Efeito: melhora o caixa em relação ao off-line (retenção cheia).

Caso B – Off-line (base pública indisponível)

  • NF idêntica. PSP retém R$ 28, repassa R$ 100. Ajusta em 3 dias úteis.
  • Efeito: pior caso de caixa – planeje capital de giro.

Caso C – Simplificado (retenção média setorial 10%)

  • PSP retém R$ 10, repassa R$ 118; acerta diferença depois.
  • Efeito: suaviza o impacto, mas exige conciliações firmes.

11) Riscos de não se adaptar a Reforma Tributária

  • Quebra de caixa (inadimplência com fornecedores/folha).
  • Perda de clientes B2B (que exigirão split para preservar crédito).
  • Diferenças fiscais por escriturar “bruto” sem refletir retenção efetiva.
  • Autos de infração por falhas na prova de extinção de débito.

12) Plano de 90 dias: roteiro de adequação

Dias 0–15 – Diagnóstico rápido

  1. Mapear tipos de operação (B2B/B2C, produto/serviço).
  2. Simular impacto de caixa (on-line, off-line, simplificado).
  3. Priorizar clientes setoriais que mais exigirão split.

Dias 16–45 – Tecnologia e processos
4) Atualizar ERP/NF-e; contratar PSP habilitado.
5) Construir rotinas de conciliação diária e trilha de auditoria.
6) Treinar Comercial, Fiscal, Financeiro e TI.

Dias 46–90 – Piloto e rollout
7) Rodar piloto com clientes “âncora”.
8) Ajustar contratos e políticas de pagamento.
9) Publicar dashboards e SLAs internos; iniciar rollout.

Ponto de atenção: revise pricing, prazo médio de recebimento e estoques. Ajustes finos aqui evitam ruptura de caixa.


13) Boas práticas (checklist executivo)

  • Preço por fora claro em propostas e notas.
  • Cláusulas de split (obrigatoriedade, ajuste, indisponibilidade).
  • PSP com APIs, relatórios e SLA de ajustes.
  • ERP atualizado e conciliando retenções.
  • Dashboards: líquido x bruto, retenções, prazo de ajuste, créditos usados.
  • Reunião quinzenal (Fiscal/Financeiro/Comercial/TI) para acertos.
  • Plano de funding (linhas de giro/antecipação/emergência).
  • Treinamento contínuo e manual interno de split.

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É PERMITIDO PAGAR VALE-ALIMENTAÇÃO E VALE-REFEIÇÃO EM DINHEIRO OU PIX?

CONTABILIDADE PARA PRESTADORES DE SERVIÇOS: GUIA COMPLETO!


14) FAQ (rich snippets) | Split Payment

O que é split payment?
É o pagamento dividido: no ato do pagamento, o sistema separa a parcela de IBS/CBS e a remete direto ao governo, repassando apenas o líquido ao fornecedor.

Quais são os modelos do split?
Completo on-line (retém a diferença, consumindo créditos), completo off-line (retém o tributo cheio e ajusta depois) e simplificado (retenção por média setorial/empresa).

Quem será mais afetado?
Operações B2B (clientes que querem crédito), setores com margem apertada e empresas que usavam tributo como capital de giro.

Como preparar o caixa?
Simule pior caso (retenção total), ajuste estoques/prazos, garanta linhas de crédito e conciliações diárias.

Split é opcional?
Na prática B2B, o comprador exigirá split para assegurar o crédito. Prepare-se para tratá-lo como padrão nas vendas corporativas.


15) Conclusão: transforme a mudança em vantagem competitiva

O split payment não é só uma regra fiscal: é uma nova arquitetura de recebimentos. Empresas que se anteciparem – tecnologia certa, contratos ajustados, caixa protegido e processos reconciliados – vão atravessar 2026 com menos fricção e mais competitividade.

A AEXO Contabilidade Digital acompanha a transição de ponta a ponta:
Simulações de caixa (on-line, off-line, simplificado).
Ajustes em ERP/NF-e e modelagem de conciliações.
Revisão de contratos comerciais e políticas de meios de pagamento.
Plano de funding para proteger o capital de giro.

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