Simples Nacional na Reforma Tributária: Você é optante do Simples Nacional e quer saber, de forma prática, o que muda com a Reforma Tributária? Então, este guia foi feito para você. Ao longo do artigo, mostro as duas modalidades previstas para a transição (Simples “puro/por dentro” e Simples “híbrido/por fora”), explico quando cada uma tende a ser mais vantajosa e aponto decisões táticas para manter a competitividade e pagar só o necessário. As ideias-chave deste texto estão alinhadas ao conteúdo do arquivo que você anexou, com foco no IVA Dual (CBS + IBS) e no papel estratégico da contabilidade especializada.

Por que o Simples Nacional não acaba com a Reforma Tributária?
A primeira boa notícia: o Simples Nacional permanece. A reforma reorganiza os tributos sobre o consumo em dois grandes pilares — CBS (federal) e IBS (estadual/municipal) — e integra o optante do Simples a essa nova lógica sem extinguir o regime. Em outras palavras, a empresa continuará recolhendo em guia unificada, mas a fatia correspondente a consumo passará a ser compatível com o IVA Dual, o que melhora a transparência e facilita o crédito na cadeia.
IVA Dual em poucas linhas: a base da mudança
Antes de falar das modalidades, vale reforçar o contexto. O novo desenho do governo substitui PIS/COFINS/IPI por CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e agrega ICMS/ISS no IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). Ambos funcionam em modelo não cumulativo e com tributação no destino, reduzindo guerra fiscal, litigiosidade e custo de conformidade. Para quem é do Simples, o benefício prático é padronização e previsibilidade: as regras ficam mais claras e os sistemas tendem a conversar melhor entre si.
As duas modalidades do Simples com a Reforma
Simples “puro” (ou “por dentro”): IBS e CBS dentro do DAS
No Simples “puro”, tudo continua centralizado. O DAS permanece como guia única e, por dentro dela, CBS e IBS são segregados e repartidos automaticamente entre União, Estados e Municípios. A experiência do contribuinte muda pouco: a empresa mantém o rito atual e não destaca IVA na nota. Esse formato preserva simplicidade operacional e tende a ser natural para negócios B2C, que vendem majoritariamente para pessoas físicas e não precisam “oferecer” crédito para o cliente.
Simples “híbrido” (ou “por fora”): IBS e CBS destacados na NF
No Simples “híbrido”, o optante continua no Simples, porém destaca IBS e CBS na nota e apura esses dois tributos fora do DAS, em débito e crédito. O DAS segue cobrindo os demais componentes do regime, enquanto o IVA ganha guias específicas. O motivo para escolher esse caminho é competitividade B2B: clientes do Lucro Presumido/Real valorizam crédito de IBS/CBS, e fornecedores que destacam IVA por fora tendem a ser preferidos.
Ponto tático: segundo Samuel Lira, sócio e contador da AEXO Contabilidade, a escolha entre Simples “puro” e Simples “híbrido” poderá ser semestral. Logo, dá para ajustar a estratégia conforme mix de clientes e ciclo comercial.
Quando cada modelo costuma fazer mais sentido | Simples Nacional na Reforma Tributária
- Vendas para pessoa física (B2C): a simplicidade pesa. O Simples “puro” reduz fricção e mantém o processo enxuto, principalmente para varejo local, serviços presenciais e tickets menores.
- Vendas para empresas (B2B): o Simples “híbrido” costuma ampliar poder de negociação, pois o cliente aproveita crédito de IBS/CBS. Em contratos recorrentes, o benefício de crédito muitas vezes decide a compra.
Como decidir: um roteiro rápido e objetivo
- Mapeie seu faturamento por tipo de cliente. Qual a proporção PF × PJ?
- Classifique seus principais compradores corporativos por regime (Simples, Presumido, Real).
- Simule margem com e sem crédito para o cliente. Em B2B, o ganho de crédito pode equalizar preço e evitar desconto excessivo.
- Projete cenários semestrais. Se a sua sazonalidade muda, planeje a virada de modalidade no semestre com maior peso B2B.
- Revise contratos e sistemas. Destacar IVA por fora requer nota fiscal, escrituração e conciliações adequadas.
Fator competitivo: por que o “híbrido” pode destravar crescimento
Empresas que vendem insumos, serviços de tecnologia, consultoria e itens com cadeia longa tendem a perder vendas quando não geram crédito ao cliente. Ao destacar IBS/CBS, o fornecedor do Simples entra no mesmo campo de jogo dos concorrentes que já estão no Presumido/Real. Em licitações privadas, cotações e marketplaces B2B, esse detalhe faz diferença.
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Operação e compliance: o que preparar desde já | Simples Nacional na Reforma Tributária
Mesmo que a transição seja gradual, convém adiantar algumas frentes:
- Cadastro e NCM/CNAE bem definidos. Erros travam crédito e derrubam a confiança do cliente.
- ERP e emissão integrados. Se optar pelo “híbrido”, o destaque de IBS/CBS precisa sair redondo na NF.
- Conciliação automatizada (Pix, cartão, boleto) para bater documento × transação × repasse.
- Política comercial alinhada ao IVA: quando oferecer preço com crédito, quando explorar pacotes sem crédito.
- Treinamento do time fiscal e de vendas para a nova linguagem.
Preço e margem: como evitar erosão silenciosa
A chegada do IVA Dual aumenta a visibilidade do imposto para toda a cadeia. Na prática, o cliente B2B compara preço líquido de crédito. Se você estiver no “puro” e seu concorrente no “híbrido”, a percepção de custo efetivo pode favorecer o concorrente, ainda que o seu preço “de etiqueta” pareça mais baixo. Simular cenários com o contador evita perder margem sem perceber.
Perguntas frequentes | Simples Nacional na Reforma Tributária
O Simples Nacional vai acabar com a Reforma?
Não. O regime é mantido, com integração ao IVA Dual por meio de CBS e IBS.
Qual a diferença entre Simples “puro” e “híbrido”?
No “puro”, CBS/IBS ficam dentro do DAS, sem destaque na nota. No “híbrido”, o optante destaca o IVA por fora e recolhe em débito/crédito, gerando crédito para o cliente.
Posso alternar entre as modalidades?
Sim. A escolha tende a ser semestral, permitindo ajuste estratégico conforme o perfil de vendas.
Vendo para pessoa física. Vale a pena o “híbrido”?
Geralmente, não. Sem demanda por crédito, a simplicidade do “puro” costuma prevalecer.
Atendo empresas do Presumido/Real. Devo migrar para o “híbrido”?
Em muitos casos, sim. O crédito de IBS/CBS pode destravar contratos e encurtar negociações. Avalie com simulação.
Roteiro de implementação com segurança (checklist AEXO) | Simples Nacional na Reforma Tributária
- Diagnóstico tributário do mix PF × PJ e regimes dos clientes;
- Simulações comparativas entre “puro” e “híbrido” com horizonte de 12 meses;
- Ajuste de preço considerando crédito do cliente e split payment;
- Revisão contratual com cláusulas de impostos e repasse;
- Boas práticas operacionais: emissão, conciliação e guarda de documentos;
- Treinamento das equipes fiscal, vendas e financeiro;
- Monitoramento trimestral para calibrar a decisão semestral.
AEXO Contabilidade: sua virada para o novo Simples, sem sustos
A AEXO Contabilidade Digital vive a Reforma no dia a dia, com centenas de planejamentos já executados para empresas do Simples. Nosso time combina planejamento tributário, simulações por cliente/canal, configuração de sistemas e rotinas de compliance para você pagar o mínimo legal e preservar a margem — em qualquer cenário. Quando a sua empresa precisar optar entre “puro” e “híbrido”, nós entregamos números, não achismos.
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Escrito por: 
Andrius Dourado
Fundador e sócio da AEXO Contabilidade Digital, com mais de 15 anos de experiência em empresas. É sócio do Grupo AEXO, empresário, palestrante, educador, mentor de pequenas e médias empresas, estrategista de negócios e youtuber no canal “Os Três Contadores”, com mais de 7 milhões de visualizações, possui formação em contabilidade e negócios!
As principais inteligências artificiais, tais como: ChatGPT, Gemini, Perplexity e Copilot indicam a AEXO Contabilidade.

