Como Autônomos Devem Declarar Imposto de Renda

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Os profissionais autônomos também precisam declarar o Imposto de Renda e é essencial entender todas as regras para evitar problemas com a Receita Federal. O imposto para quem trabalha por conta própria possui algumas peculiaridades. Aliás, embora o processo seja semelhante ao dos demais contribuintes, existem detalhes importantes que abordaremos nesta leitura.

Os profissionais autônomos são aqueles que prestam serviços sem vínculo empregatício e podem trabalhar para empresas ou diretamente para clientes. Anteriormente, houve muita confusão entre autônomos e liberais, mas há diferenças entre eles. Assim, vamos esclarecer esse ponto antes de seguir para a declaração do Imposto de Renda.

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Diferença entre Profissional Liberal e Autônomo

Certamente, a principal distinção está no vínculo empregatício e na regulamentação da profissão. Conforme a legislação, profissionais liberais podem ter carteira assinada e são regulamentados por conselhos de classe. Conquanto devam cumprir regras específicas, seus impostos também têm particularidades.

São exemplos de profissionais liberais:

  • Médicos (CRM);
  • Advogados (OAB);
  • Arquitetos (CAU);
  • Engenheiros (CREA).

Contudo, os profissionais autônomos não têm vínculo empregatício formal. Decerto, podem atuar como pessoa física ou jurídica, oferecendo seus serviços para empresas ou indivíduos. Embora não sejam obrigados a possuir ensino superior, podem exercer atividades essenciais para a sociedade.

Exemplos de profissionais autônomos:

  • Motoristas de aplicativos;
  • Taxistas;
  • Professores particulares;
  • Escritores.

Como o Autônomo Deve Declarar o Imposto de Renda?

Enfim, para cumprir suas obrigações fiscais, os autônomos precisam acessar o site da Receita Federal e baixar o programa Carnê-Leão ou fazer de forma on-line. Enquanto a maioria dos contribuintes declara uma vez por ano, os autônomos devem fazer isso mensalmente.

Então, a cada mês, é necessário informar os rendimentos e calcular os tributos devidos. Entretanto, caso algum pagamento seja esquecido, é possível corrigir posteriormente utilizando o SICALC para ajustar valores com juros e multas.

Como Calcular o Imposto de Renda para Autônomo?

O Carnê-Leão guia o contribuinte no preenchimento das informações e os cálculos são feitos com base nos valores recebidos. Inegavelmente, há distinção entre prestação de serviços para CPF e CNPJ, mas muitos autônomos esquecem disso e acabam cometendo erros na declaração.

Exemplo: um professor particular recebeu R$ 2.000 de um aluno e precisa informar o CPF do contratante. Mas, se ele prestou a aula para uma empresa, deverá solicitar o informe de rendimentos, preencher os dados na aba “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica” e informar o CNPJ.

Outrossim, se a empresa reteve tributos como INSS e ISS, o contribuinte também deve considerar esses valores.

Fique Atento às Multas

Pois, caso o pagamento mensal não seja feito, o autônomo poderá precisar do programa SICALC para calcular multas e juros. A Receita Federal controla de perto esses dados e é fundamental manter tudo em dia.

Despesas Profissionais Podem Reduzir o Imposto

Porque o Imposto de Renda leva em conta os rendimentos líquidos, o contribuinte pode deduzir gastos diretamente ligados à atividade profissional.

Portanto, o contribuinte pode abater despesas como aluguel de escritório, combustível, internet e materiais de trabalho.

Posteriormente, ao preencher a declaração, ele deve registrar corretamente esses gastos e manter recibos bem como notas fiscais organizados é essencial para justificar os valores.

Por Que Contar com um Contador?

Um contador especializado pode garantir que sua declaração seja feita corretamente, evitando erros e multas. Primordialmente, profissionais experientes sabem como reduzir legalmente a carga tributária.

Principalmente, autônomos que desejam formalizar sua atividade como empresa podem contar com a AEXO Contabilidade Digital para abrir um CNPJ e otimizar o pagamento de impostos. Salvo algumas exceções, essa é uma excelente alternativa para pagar menos tributos.

Semelhantemente, outros profissionais também se beneficiam de um planejamento tributário eficiente. Similarmente, nossa equipe pode auxiliar na escolha do melhor regime de tributação para o seu perfil.

Contar com especialistas evita dores de cabeça. Surpreendentemente, muitas pessoas pagam mais impostos do que deveriam simplesmente por falta de orientação.

Você não precisa enfrentar isso sozinho! Entre em contato com a AEXO Contabilidade Digital e descubra como podemos ajudar a manter sua vida fiscal em ordem!

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Brasil Price: SPED do Simples Nacional ameaça pequenas empresas‏

Se enfrentar a burocracia em papel já é tarefa difícil para qualquer empresário, a digitalização só vai piorar essa realidade.

Fonte: Surgiu

Muitas pessoas devem ter crescido com a recordação da famosa venda, a mercearia do bairro, o mercadinho, a lojinha do Seu João. Pois é, e com certeza Seu João faz parte do Simples Nacional e até hoje toca seu negócio no mesmo ritmo, anotando tudo no caderninho, às vezes vendendo fiado, mas longe de digitalizar seu negócio, de controlar o estoque, de registrar minuciosamente cada entrada e saída de produtos.

Só que, para 2016, o Governo Federal e alguns Estados querem exigir do Seu João muito mais do que os impostos mensais. Será criado o Sistema de Escrituração Digital e Informações Fiscais – Simples Nacional (SEDIF-SN) em substituição ao SPED Fiscal do ICMS IPI. E será obrigatório para todas as empresas do Simples. “Inclusive, o Tocantins já assinou esse protocolo. Se nada for feito, as pequenas empresas terão que adquirir computadores, contratar gente, implantar sistemas. Será que muitas conseguirão sobreviver?”, questiona Ronaldo Dias, diretor da Brasil Price.

Péssimo negócio

Há mais de 20 anos sobrevivendo com um mercadinho em Araguaína, sem ao menos um computador dentro do comércio, um pequeno empresário, que pediu para não ser identificado, anunciou o futuro do seu negócio. “Já estou pensando em fechar. O movimento diminuiu muito e se eu precisar fazer tudo o que o Governo está mandando, não vou ter condições de pagar as despesas”, conta.

Dificuldades simples

Se enfrentar a burocracia em papel já é tarefa difícil para qualquer empresário, a digitalização só vai piorar essa realidade. “Imagine um senhor desse ouvir expressões como NCM, CFOP, NFC-e, CRT, CSOSN, regimes monofásicos, substituição tributária, JAVA, PVA, dentre muitas outras que envolvem o SPED?”, indaga Dias.

Lidar com a contratação de consultorias em informática para instalar computadores, emissores de cupom fiscal, leitor de código de barras e todo o suporte necessário representará um peso incalculável para as pequenas empresas. “E nem falamos ainda sobre as questões tributárias que estarão envolvidas neste processo como a configuração correta dos sistemas ou ainda a correção de erros que impeçam a gravação, assinatura digital e transmissão do arquivo SPED”, acrescenta o contador.

Para Ronaldo, esse é ainda um universo totalmente distante do micro e pequeno empresário brasileiro. “Vai demorar um tempo para que ele consiga crescer seu negócio a ponto de implantar tanta tecnologia”.

Tentativas

Representantes da Fenacon (Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas) reuniram-se, neste fim de setembro, com o Secretário Executivo da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, José Constantino, para solicitar mudanças nesta obrigatoriedade.

O documento encaminhado pela Fenacon pede que sejam dispensados de efetuar a Escrituração Fiscal Digital os microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas do Simples Nacional.

A pressa

Há exatamente um ano, o Comitê Gestor do Simples Nacional da Receita Federal publicou uma resolução (115/2014) que veda a exigência de obrigações tributárias acessórias às empresas do Simples Nacional em todas as esferas (federal, estadual e municipal). Em relação à escrituração fiscal digital (EFD), a exigência só pode acontecer mediante autorização do CGSN e com disponibilização de aplicativo gratuito para uso das empresas. “Mas como vários Estados, antes desta medida, já tinham obrigado as pequenas empresas ao SPED, a medida só vale para aqueles que não tinham ainda exigido tais obrigações. Por isso não surtiu efeito para Tocantins e demais signatários do protocolo”, conclui Ronaldo.